A vida é feita de altos e baixos, e os brasileiros aprendem isso desde muito cedo, em especial aqueles nascidos nas camadas populares da sociedade.
O descumprimento, ou mesmo a ausência, de políticas sociais duradouras como as que existem nos países mais desenvolvidos da Europa por exemplo, deixa a população à própria sorte, tendo de arcar com todo tipo de carências e necessidades primárias para se manter.
Os livros de história apenas recentemente começaram a ensinar que o nosso sistema econômico-social foi totalmente montado em torno da escravidão.
A negação desses fatos e a não reparação dos danos causados a população negra e indígena, são em grande parte a origem da pobreza e de outras enfermidades sociais como o racismo estrutural.
Em realidade, a elite brasileira sobrevive até hoje graças a desigualdade criada no período escravagista, quando as oligarquias, a nobreza e a igreja católica exploravam as riquezas da terra através de mão-de-obra de africanos escravizados, ao mesmo tempo que exterminavam os povos indígenas para o roubo de suas terras.
Quase nada mudou, apenas as aparências dão uma roupagem moderna às estruturas do passado.
O país continua descendo a ladeira desde então, graças a uma elite extremamente burra, que atira em seu proprio pé. Afinal, causar danos a uma das maiores biodiversidade do planeta, a Floresta Amazônica e tudo o que ela representa, talvez não seja a escolha mais inteligente nem para o Brasil, nem para o eco-sistema planetário.
Para o respeitado sociólogo Jessé Souza em seu livro, A Elite do Atraso:
"A elite brasileira é uma das mais ignorantes do mundo (...) e a classe média é uma espécie de capitão-do-mato desta elite."
lyrics
(Author: Mestre Carlo Alexandre)
Voice: A maior dor de um capoeira, não é cabeçada nem levar rasteira
Choir: a maior dor de um capoeira
Voice: é ver seu país descendo a ladeira
Choir: a maior dor de um capoeira
Voice: meu melhor amigo fazendo besteira
Choir: a maior dor de um capoeira
Voice: ver nossa floresta queimando inteira
Choir: a maior dor de um capoeira
Voice: não é cabeçada nem levar rasteira
Choir: a maior dor de um capoeira
Voice: eu tou falando serio não é brincadeira
Choir: a maior dor de um capoeira
Voice: é ver seu país descendo a ladeira
Choir: a maior dor de um capoeira
Voice: meu melhor amigo fazendo bobeira
Choir: a maior dor de um capoeira
Voice: ver nossa floresta queimando inteira
Choir: a maior dor de um capoeira
Voice: não é cabeçada e nem levar rasteira
Choir: a maior dor de um capoeira
Voice: eu tou falando sério não é brincadeira
Choir: a maior dor de um capoeira
Voice: é ver seu país descendo a ladeira
credits
from Guarnicê - Capoeira Protest,
released March 2, 2020
Voice - Carlo Alexandre Teixeira
Choir - Clare Davis, Diana Sabogal, Izaskun Sarabia, Kath Conway, Kezia Lavan, Leo Kay, John Gray, Rachel Holmes, Tincho, Miguel Santos and Victoria Scarborough
Instrumental:
Berimbau Gunga - Carlo Alexandre,
Berimbau Médio - Alex Erwin, Berimbau
Viola - Miguel Santos
Atabaque e apito - Pedro Lima
Guarnicê Project conception: Carlo Alexandre Teixeira
Musical director: Pedro Lima, Artistic director: Délcio Teobaldo,
Creative consultant: Leo Kay, Recorded and Produced by Marc Lee
Brown, Co production and additional instrumentation by Chris
Franck, Recording assistant: Joshua Gaskin Brown
Recording @ Raw Material Music & Média Education
Thank you for the suppourt of Raw Material
I was born in Rio de Janeiro, I started in capoeira when I was 16 years old. My artistic and creative training goes mainly
through this art form. From there I learned music, film and theatre. Since 1996 I have been going back and forth from Brazil to the United Kingdom, and recently to Mexico, where I currently live. I worked in slums in Rio, theatre in London and productions in Asia and Scotland....more