On​ç​a​-​Tigre, Serpente e Marimbondo & Na Pedra do Sal, no Cais do Valongo

from Memorial by Carlo Alexandre

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about

Memorial / Onça-tigre, Serpente and Marimbondo / Na Pedra do Sal, No Cais do Valongo
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The lyrics of "Memorial" were written to be a chronicle. This opening is a poetic tribute to the old capoeira masters, most of whom are Afro-descendants and the protagonists of the history of capoeira in Brazil.

The spoken word style sung by Délcio Teobaldo merging on the instrumental arrangement of capoeira and the melodic support of the elegant horn performed by Alessandro Jeremias, asks for blessings, protection and prosperity to the capoeira masters.

ONÇATIGRE, SERPENTE E MARIMBONDO

Capoeira song (Ladainha) with references to the Brazil's northeastern musical style known as "Martelo". The first verses were picked up during a chat at a traditional capoeira roda in the city of Caxias, in Rio de Janeiro. I heard it in conversation with a capoeirista and "cantador" nicknamed Mestre Maguinho. The second part of the song was created by me.

NA PEDRA DO SAL, NO CAIS DO VALONGO

The story of the so-called "Pequena Africa" (Little Africa) of Rio de Janeiro has lately been revealed in all its greatness. It is one of the birthplaces of samba, carnival and its protagonists. We are in 2020 and Brazil still needs to recognize its African and indigenous history.

This song is a tribute to the black memory of this important area of Rio de Janeiro. The song "Na Pedra do Sal, no Cais do Valongo" aims to show some of this African legacy of such an important area of Rio.

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lyrics

Lyrics:

Memorial

Os capoeiras estavam presentes nas grandes revoltas populares, nas rebeliões, na guerra do Paraguai, gravaram seus nomes nas ruas, largos, praças e nos campos de batalha com navalhas e porretes, espadas e lenços de seda, os Guayamus e Nagóas, as Maltas cariocas, no turbilhão das disputas políticas e eleições sangrentas na capital e nas freguesias. Na Revolta da Vacina, dos Malês de Salvador ao Rio de Janeiro, de Recife a São Luis, São Paulo a Santos … eles resistiram, sobreviveram, estão entre nós.

Estivadores, trapicheiros, valentões, músicos, malandros, jornaleiros, mascates, políticos, marinheiros, tigres da limpeza pública, traficantes, pintores, cartazistas, estalajadeiros, foguistas, almocreves, aguadeiros, barbeiros, sangradores, sapateiros, religiosos, pretos de ganho, sambistas, comerciantes, calceteiros, chefes de polícia, boêmios, soldados, pedreiros, leões de chácara, gigolôs, juízes … africanos e portugueses, ciganos, homens e mulheres … todos jogavam capoeira no Brasil Imperial e na República Nova e nos dias de hoje e de sempre.

Besouro, Prata Preta, Querido de Deus, Siri de Mangue, Maré, Pastinha, Waldemar da Paixão, Madame Satã, Ciríaco, Rosa Palmeirão, Alípio, Leopoldina, Caiçara, Aberrê, Vidigal, Bimba, Benedito, Manduca da Praia, Popó de Santo Amaro, Oscarina, Bentinho, Rafael Cobrinha Verde, Camafeu de Oxóssi, Noronha, Totonho de Maré, Traíra, João Pequeno, Pedro Mineiro, Paraná, Amorzinho, Manduca da Praia, Caiçara, Paulo dos Anjos, Gato Preto, Canjiquinha …

Onça-Tigre, Serpente e Marimbondo

Eu tenho 25 dedos na metade de uma mão / onça-tigre é meu cavalo / serpente meu cinturão / o chapéu da minha cabeça é marimbondo de ferrão / eu não tenho comandante / nunca tive diretor / não bato continência pra nenhum chefe de estado / ao contrário do que dizem, eu não sou bom nem malvado / eu só tenho um pecado / não aceito ser julgado / muito menos condenado / toda pena contra mim se volta contra o culpado / quem manda na minha vida, colega velho / não é deus nem o diabo / Camará


Na Pedra do Sal, No Cais do Valongo

Na Pedra do Sal, No Cais do Valongo (Pequena África)
Voice: na Pedra do Sal, no Cais do Valongo, Êh São Benedito, meu Rosário é lá do Congo
Choir: na Pedra do Sal, no Cais do Valongo
Voice: o teu nome é santo, longo vale, vale longo
Choir: na Pedra do Sal, no Cais do Valongo
Voice: Lá Providência, tem batuque, samba e jongo
Choir: na Pedra do Sal, no Cais do Valongo
Voice: Pisa com cuidado, que a ladeira te dá tombo
Choir: na Pedra do Sal, no Cais do Valongo
Voice: Casa de Zungu, na Prainha tem Cambono
Choir: na Pedra do Sal, no Cais do Valongo
Voice: Fui no Santo Cristo, risquei meu ponto de jongo
Choir: na Pedra do Sal, no Cais do Valongo
Voice: Êh São Benedito, vim de Angola, vou pro Congo
Choir: na Pedra do Sal, no Cais do Valongo
Voice: Casa de Zungu, na Prainha tem Cambono

credits

from Memorial, released July 14, 2020
MEMORIAL
Voz: Délcio Teobaldo

ONÇA, SERPENTE e MARIMBONDO
Voz: Carlo Alexandre
Coro: Alessandro Jeremias, Alexandre, Magal, Martinha Matos, Pedro Lima, Ricardo Souza, Zila Vermelha

NA PEDRA DO SAL, NO CAIS DO VALONGO
Voz: Carlo Alexandre
Coro: Magal, Alexandre, Pedro Lima, Alessandro Jeremias, Zila Vermelha, Martinha Matos, Ricardo Souza

INSTRUMENTAL:
Berimbaus - Carlo Alexandre (gunga), Magal (médio), Alexandre (viola), Pedro Lima (pandeiro), Zila Vermelha (pandeiro), Alessandro Jeremias (agogô), Martinha (reco-reco), Ricardo Souza (atabaque)
Trompa: Alessandro Jeremias

BRand Estúdio: Paulo Brandão e Elizah Rodrigues

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about

Capoeira & Brazilian Experimental London, UK

I was born in Rio de Janeiro, I started in capoeira when I was 16 years old. My artistic and creative training goes mainly through this art form. From there I learned music, film and theatre. Since 1996 I have been going back and forth from Brazil to the United Kingdom, and recently to Mexico, where I currently live. I worked in slums in Rio, theatre in London and productions in Asia and Scotland. ... more

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